Filho de mãe espanhola e pai francês, nascido nos Estados Unidos, Robert Francis Prevost, de 69 anos, escolheu o Peru como sua pátria do coração. Lá é considerado peruano e muito respeitado por seu carinho e dedicação à América Latina, região que conhece profundamente. Leão XIV, como é chamado, fala português e já esteve duas vezes no Brasil.
Durante essas visitas, passou por Guarulhos (SP) e Belo Horizonte (MG). Estava prevista uma viagem a Aparecida do Norte, também em São Paulo, em abril deste ano, mas a morte do papa Francisco adiou os planos.
Reconhecido no Peru e entre líderes religiosos por sua atuação em defesa das causas sociais e ambientais, o nome escolhido por Prevost, Leão XIV, remete a dois papas históricos: Leão Magno, da Idade Média, conhecido por enfrentar a violência, e Leão XIII, notório por sua defesa dos mais pobres.
Apaixonado por esportes
O novo papa é um grande entusiasta dos esportes. Embora admire várias modalidades, revela-se “completamente aficionado” por tênis — assim como seu antecessor, Francisco, era pelo futebol. Também aprecia o beisebol e, após quase 20 anos vivendo no Peru, tornou-se torcedor do Alianza Lima.
Pontífice poliglota
Leão XIV impressiona por sua fluência em diversas línguas. Fala inglês, francês, espanhol, italiano e português, com sotaque quase imperceptível. Além da facilidade com idiomas, é reconhecido por seu profundo conhecimento das leis da Igreja. É especializado em Direito Canônico, área frequentemente relacionada a temas sensíveis como os direitos de católicos divorciados, a inclusão de fiéis LGBTQIA+ e a maior participação das mulheres na Igreja.
Meio ambiente e sustentabilidade
Comprometido com a causa ambiental, o novo pontífice defende ativamente a preservação da natureza e combate à destruição ambiental. Sempre que pode, faz questão de destacar os riscos do desmatamento e da negligência com o planeta.
No ano passado, durante uma conferência sobre mudanças climáticas e sustentabilidade, Leão XIV alertou que o ser humano não pode agir como “tirano” diante da devastação ambiental. Para ele, ações urgentes e concretas são imprescindíveis.
